sexta-feira, 22 de março de 2013

Um café de tristeza

A noite só pedia um cobertor ou um abraço forte, ou um abraço forte enrolado em um cobertor. A tristeza da cidade contagiava tanto... São tempos difíceis, são tempos de desconforto, de dor, de vontade de sumir.
Eu não tenho nem o cobertor, nem o abraço. Então me resta o café, amargo que é para ver se alivia o nó na garganta e a sensação eterna de melancolia.
Então eu escrevo e bebo café preto, pensando na vida, e em como as coisas mudaram, em quantas pessoas eu perdi nesses últimos tempos e em quantas eu ainda vou perder. Tudo o que eu quero é meditar, não quero tentar nada, nem me permitir. Já fiz isso demais, já ousei demais, já bebi demais e se excesso fosse o caminho, estaria na estrada certa. Eu sempre encontrei o fundo do poço dentro de mim, e o placebo para cura-lo lá também. Me amo por isso, sério! Por mais que fosse interessante um ouvinte, as pessoas me cansam ainda mais ao invés de me ajudar. Gostaria de trazer meus amigos de volta. Gostaria de voltar atrás em tanta coisa.  Quero acreditar que posso ser boa novamente; Boa com as pessoas, como eu era. Quero amor, confiança e felicidade. E quem não, não é? Mas como vou querer coisas assim se eu não estou emanando-as? what happened to me? What I become? just a piece of endless sadness.

Por enquanto, aqui observando a noite ficam nós dois : meu café forte, e eu.

Um comentário:

  1. O dom de não saber o que quer da vida, mas nunca negar um bom café amargo! Tu é das minhas e sempre foi

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