domingo, 14 de agosto de 2011

Tratus Cerberus

*Em uma tarde chuvosa de domingo*


-Café?
-Não. Não tomo, você sabe.
-Vamos por um sorriso nesse rosto?
-Não quero.
-Ora, vamos... Seja sincera comigo, você sabe que eu sempre estive aqui.
-Eu sei, mas dá para você se retirar, por favor? Eu preciso ficar sozinha... Sozinha é melhor do que estar contigo.
-Não seja tola garota, sozinha ou não, eu vou te encontrar igual. Mas se você prefere, vá... Corra... Beba. Tente algo.
-Hmm

-Que expressão inteligente é essa em seu rosto?
-Nada que tenha que lhe explicar. Cai fora daqui!
-Sabe... Um dia alguém disse algo, quando eu estava por perto. Então não pude deixar de ouvir. Essa pessoa disse que a inteligência em si é uma espécie de exagero, desmancha a harmonia de qualquer rosto, basta você pensar demais.

-E você está pensando em demaseio agora... Está virando olhos, testa, mãos na cabeça e tronco torto. Você está um horror, desculpe.
-O fato de não estar natural te incomoda? Eu estou uma bagunça sim, ok? Mas é problema meu.
-Não me incomoda... Me deixa feliz... Se é que é possível ser.

-Façamos um trato: Eu te deixo ficar mais alguns dias... Você me aproveita da melhor maneira, sai comigo, almoçamos juntas, jantamos juntas, se você quiser... Posso ser legal e quem sabe, posso deixar você me levar para cama. Nada de contrato. Apenas uma noite.. Quem sabe.

-Pode ser então.
-Mas assim que ela chegar, você sai.


-Ok, enquanto você toca seu violão aí, vou dar uma volta. Quando você parar, eu volto... Aliás: tu toca extremamente mal, huh?

- Hahaha.. Gracinha... Vaza.
-Fui.



...














- Essa saudade... Vou te contar hein.


- Sobre Tratus Cerberus e tralhas assim.