quarta-feira, 9 de julho de 2014

VIVA RÁPIDO. MORRA JOVEM. SEJA SELVAGEM. DIVIRTA-SE.

*O texto a seguir NÃO É de minha autoria, quem dera fosse... Porque essa mulher que eu mal conheço, e que sequer me conhece, acaba de descrever minha vida inteira em uma carta. Meus medos, falhas, necessidades, demências, e amores... Eu fiquei chocada ao ler porque... Eu escrevo para os outros, e sobre os outros. E é tão estranho quando uma estranha escreve sobre ela(você), sem sequer saber que você está ali. Quem dera alguém que eu goste soubesse escrever algo assim por mim algum dia... Sonhar não custa.*


" Eu estava no inverno de minha vida – e os ''homens'' que conheci pela estrada foram meu único verão. A noite caí no sono com visões de mim mesma dançando, rindo e chorando com eles. Três anos estando em uma turnê mundial sem fim e minhas memórias deles eram as únicas coisas que me sustentavam, e meus únicos tempos felizes de verdade. Eu era uma cantora, não muito popular, que uma vez teve sonhos de se
tornar uma bela poeta – mas por uma infeliz série de eventos viu aqueles sonhos riscados e divididos como um milhão de estrelas no céu da noite, que desejei de novo e de novo – brilhantes e quebradas. Mas eu não me importava porque sabia que era necessário conseguir tudo que você sempre quis, e então perder para saber o que liberdade realmente é.
Quando as pessoas que eu conhecia descobriram o que estive fazendo, como eu tinha vivido... – me perguntaram o porquê.  Mas não há utilidade em falar com pessoas que tem um lar. Eles não sabem o que é procurar segurança em outras pessoas, já que lar é onde você descansa sua cabeça.
Sempre fui uma garota incomum, minha mãe me disse que eu tinha uma alma de camaleão. Sem senso de moral apontando para o norte, sem personalidade fixa. Apenas uma indecisão interior tão extensa e tão ondulante quanto o oceano. E se eu disser que não planejei para que tudo fosse desse jeito, estaria mentindo – porque nasci para ser outra mulher. Pertenci a alguém que pertenceu a todo mundo, que não teve nadaque quis tudo, com uma vontade por cada experiência e uma obsessão por liberdade que me aterrorizava a ponto de não poder sequer falar sobre – e me levou a um ponto de loucura onde tanto me deslumbrava quanto me deixava tonta.
Toda noite eu costumava rezar para que pudesse encontrar meu povo – e finalmente encontrei – na estrada aberta. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada que desejávamos maisexceto fazer de nossas vidas uma obra de arte.

VIVA RÁPIDO. MORRA JOVEM. SEJA SELVAGEM. E SE DIVIRTA!
Eu acredito no país que a América costumava ser. Acredito na pessoa que quero me tornar, acredito na liberdade da Estrada aberta. E meu lema é o mesmo de sempre. Acredito na gentileza de estranhos. E quando estou em guerra comigo mesma – dirijo. Apenas dirijo...
Quem é você? Você está em contato com todas as suas fantasias mais sombrias?
 Você criou uma vida para si mesma onde é livre para experimentá-la?
Eu SIM.

 Sou maluca pra caramba... Mas sou livre.






Lana Del Rey.

sábado, 28 de junho de 2014

Sobre nunca mais ter postado.

"Tenho a sensação de que minha vida está muito dispersa neste momento. Como se fosse um monte de pedacinhos de papel e alguém ligasse o ventilador. Mas falar com você me faz sentir como se o ventilador tivesse sido desligado por um tempo. Como se as coisas pudessem de fato fazer algum sentido. Você junta todos os meus pedacinhos, e sou muito grato por isso." Will&Will - J.G.

Eu gosto dessa versão... Só que não é a verdade. Essa é a verdade: 


"Tenho a sensação de que minha vida está muito dispersa neste momento. Como se fosse um monte de pedacinhos de papel e alguém ligasse o ventilador. Mas não sinto vontade de falar com ninguém sobre, isso me faz sentir como se o ventilador tivesse sido ligado o tempo TODO. Como se por mais que eu me esforce, com pensamentos racionais, e por mais que as coisas tenham andado ótimas nos meus objetivos] as coisas ainda assim, de fato, não fazem nenhum sentido. Ninguém junta meus pedaços, porque nem mesmo eu consigo fazer isso, ao contrário, eu continuo estragando e chutando eles pra longe, perdendo alguns, e esquecendo as partes boas. E sou muito grata por isso.


Ou não." 


Acho que já estive uma bagunça muitas vezes, mas eu sempre consigo bater meu recorde em ser ótima em me estragar 'in e out'. Sabe quando um barco de porte médio estraga o leme? E eles estão em alto mar(revolto),então eles remendam pra tentar conseguir voltar e chegar ao porto? Pois é. Só que dessa vez, não tem porto pra voltar, então eu só vou...



sexta-feira, 22 de março de 2013

Um café de tristeza

A noite só pedia um cobertor ou um abraço forte, ou um abraço forte enrolado em um cobertor. A tristeza da cidade contagiava tanto... São tempos difíceis, são tempos de desconforto, de dor, de vontade de sumir.
Eu não tenho nem o cobertor, nem o abraço. Então me resta o café, amargo que é para ver se alivia o nó na garganta e a sensação eterna de melancolia.
Então eu escrevo e bebo café preto, pensando na vida, e em como as coisas mudaram, em quantas pessoas eu perdi nesses últimos tempos e em quantas eu ainda vou perder. Tudo o que eu quero é meditar, não quero tentar nada, nem me permitir. Já fiz isso demais, já ousei demais, já bebi demais e se excesso fosse o caminho, estaria na estrada certa. Eu sempre encontrei o fundo do poço dentro de mim, e o placebo para cura-lo lá também. Me amo por isso, sério! Por mais que fosse interessante um ouvinte, as pessoas me cansam ainda mais ao invés de me ajudar. Gostaria de trazer meus amigos de volta. Gostaria de voltar atrás em tanta coisa.  Quero acreditar que posso ser boa novamente; Boa com as pessoas, como eu era. Quero amor, confiança e felicidade. E quem não, não é? Mas como vou querer coisas assim se eu não estou emanando-as? what happened to me? What I become? just a piece of endless sadness.

Por enquanto, aqui observando a noite ficam nós dois : meu café forte, e eu.

sábado, 24 de novembro de 2012

Quimera

Todos os traços que eu sempre admirei em alguém, tão longe de ser possível avistar, era visto nela. A pele lisa, de um tom caucasiano refinado, quase anglo-saxônico, que ao sol ou a luz fluorecente parece brilhar, macia como a seda tecida pelos melhores artesões orientais, de brandas mãos, com tênues linhas de perfeitas voltas e lindos nós nas falanges médias e proximais, agraciadas por trejeitos manuais de bom grado quando levava uma mecha atrás da orelha e sorria.

Eu não dizia uma palavra, conseguiria formar, mas seriam obsoletas.

O sorriso branco de dentes bem formados de modo cortês, que acariciavam os lábios de uma maneira diferente de tudo o que já vira antes, não poderia ser reposto de forma alguma. Quando o inverno chega, o tom de pele ganha uma cor rosada, que contrasta firmemente contra as linhas azuis das veias salientes.
Os olhos... Castanhos, que maculam, que maltratam, que perfuram dentro dos olhos alheios. O olhar castanho tem um místico poder de capturar o que fica subentendido.

Nunca tive problemas em encarar pessoas, em confrontar olhares, nunca me intimidaram verdadeiramente... Mas aquele olhar, eu não consegui.

Era sereno, e ao mesmo tempo audacioso, complexo de decodificar, e se ficasse olhando por muito tempo, sentiria-me despida de segredos e desnuda. Aqueles olhos levemente puxados, cheios de si, meio prepotentes carregados de maquiagem pesada de três ou quatro tipos diferentes me deixaram inquieta, amedrontada, desnorteada. Por quê não conseguia decodifica-los? Que tipo de interferência eles dispunham? Não eram os mais lindos olhos que já vi, eram sim graciosos, pomposos, um olhar de fêmea, exatamente com essa palavra para adjetivar. Que será que guarda neles? Por quê tens tanta fixação e me dá receio?

O cabelo era de um castanho escuríssimo, quase negro, aveludado e liso. Caía sobre os ombros e banhava a metade do tronco, desfiado, repicado de forma desconexa, fazia o vento passar por entre as brechas, levantando as mechas e deixando-a com um ar descompromissado e ao mesmo tempo selvagem. Brigava com o tom de pele pálido, todo o tempo.

Ela falava. Mas eu não ouvia sequer duas frases inteiras. Era como se estivesse com ouvidos tampados, de forma ao som passar por eles sem ser capturado.

Não queria ouvir, ver bastava. Agradava-me o perfume, com um tom cítrico, típico perfume de verão - aqueles que se usa em finais de tardes de veraneio - era realmente encantador.

Parece me que poderia ser pintado naquele corpo, uma figura divina, uma valquíria talvez? - bastava mirar-lhe: tamanha beleza e sutileza em um único ser.

Poderia ser real?

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

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22/11 - tarde

Achei que tivesse acordado disposta, mas me enganei. Especificamente hoje estou sem paciência, to olhando seriado mas mal consigo me concentrar, pausando toda a hora. Não sei como vou p/ o fórum hoje do jeito que eu estou. Agora pouco tive uma forte tontura aparentemente do nada, mas espero melhorar até mais tarde, acho que foi só uma tontura boba. Só quero terminar o dia sem esmurrar a boca de alguém. É meu único objetivo de hoje.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eles

21/11 - Noite.

Eu tenho esperança que as férias sejam melhores, e que eu possa usa-las da melhor forma que eu puder pra suprir esse meu desejo por mais. Eu to tentando desesperadamente cobrir os espaços, as lacunas deixadas pra trás, com todo o tipo de pensamentos positivos mas eu não to dando conta. Estou falhando miseravelmente... Minhas férias será minha última cartada antes que eles voltem, antes que eu tenha que apelar pra eles. Eu sei como funciona mas não quero, definitivamente, isso pra mim. Eu vou, dia pós dia, em uma espécie de desintoxicação, com calma achando que amanhã vai melhorar, mas não tá adiantando... Eu engulo um nó de cordas por noite, e isso tá me enlouquecendo!

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Você supõe o céu



Não me perturbe, quero saber o fim do sonho. Ou dá-me a mão e sonhamos, ou meia volta e feche a porta.